A emocionante homenagem da Mangueira a Marielle e heróis da resistência.
Marielle Franco, assassinada em 14 de março de 2018, foi homenageada pela Mangueira no Carnaval 2019.
Para Mônica Benício, ver a figura de Marielle tão presente no samba-enredo mostra que a vereadora se tornou uma “representação para as meninas negras”.
Na avenida, a escola carioca prestou homenagem aos heróis da resistência negra e indígena no Brasil. E a última ala foi inteiramente dedicada a vereadora assassinada Marielle Franco.
Além dos sambistas, a escola contou com a presença de personalidades próximas a Marielle, como o deputado federal Marcelo Freixo (PSol) e a viúva da vereadora, Mônica Benício.
De acordo com informações do G1, Benício declarou ter ficado muito emocionada com o desfile e considerou a homenagem uma oportunidade de ressignifcar a morte de Marielle.
“Isso só concretiza a ressignificação daquela noite de 14 de março, em que vai completar um ano do assassinato de Marielle sem que o estado brasileiro responda quem mandou matar. Acho que isso é uma resposta de que vai haver luta até a gente ter uma resposta para isso”, afirmou.
Para ela, ver a figura de Marielle tão presente no samba-enredo mostra que a vereadora se tornou uma “representação para as meninas negras”.
Veja algumas imagens do desfile da Mangueira:
O deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) no desfile da Mangueira, na Sapucaí.
A viúva da vereadora Marielle Franco, Mônica Benício, em desfile da Mangueira na Sapucaí.
A homenagem aos heróis ignorados
O nome de Marielle Franco apareceu ao lado de outras figuras consideradas heróis populares brasileiros, mas que não são reconhecidos na maioria dos livros didáticos ou registros históricos.
Os índios Cunhambebe e Sepé; os negros José Piolho e Tereza de Benguela; Luiza Mahin, uma das lideranças da Revolta dos Malês; Chico da Matilde, que combateu o tráfico negreiro no Ceará, foram uns dos destaques. Ainda, a cantora Alcione estava presente vestida de Dandara, símbolo da resistência do Quilombo dos Palmares.
O enredo ainda ironizou figuras históricas, como Pedro Álvares Cabral, Dom Pedro I e o marechal Deodoro da Fonseca.
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