O que é e quais são as torcidas antifascistas do futebol brasileiro?
Diante do cenário político atual, é necessário entender alguns termos para não ficar ‘boiando’. Um deles é o antifascismo, com seu desdobramento dentro do futebol, as torcidas contra o fascismo. A maioria das torcidas antifascistas em território brasileiro surgiu em 2014 e, desde a ascensão de Jair Bolsonaro à presidência da república, elas vêm se manifestando cada vez mais. Confira.
Para entender: o fascismo é um regime político que faz prevalecer o governo autocrático, centralizado na figura de um ditador, como os casos de Benito Mussolini, na Itália, e de Adolf Hitler, na Alemanha, ambos após a Primeira Guerra Mundial. Portanto, ser antifascista significa ser a favor da democracia, contra qualquer ideologia supremacista.
No futebol brasileiro, temos várias torcidas, muitas vezes sem ligação com as organizadas, que se autodenominam antifascistas, ou seja, que lutam contra o fascismo. Vamos começar com a do Corinthians, que fazem alusão à Democracia Corinthiana, com alguns líderes da Gaviões da Fiel, Coringão Antifa e outras vertentes. Em passeata pacífica na Avenida Paulista, os corintianos pró-democracia se juntaram aos torcedores rivais contra o presidente em exercício, Jair Bolsonaro.
Na manifestação, estavam presentes, além de torcedores comuns do Palmeiras, representantes das torcidas Mancha Verde, Palmeiras Antifascista e Porcomunas (foto).
O São Paulo tem também sua torcida antifascista, sendo duas das representantes a Resistência Tricolor Antifascista e a Frente Democracia Tricolor.
Já o Santos é representado nesta luta pelo Santos Antifascista, ‘contra o fascismo, a violência policial e o futebol moderno’.
No interior paulista, Guarani Antifascista e Botafogo-SP Antifascista defendem a democracia
O Sport é representado pela Antifascista Sport, assim como as torcidas do Náutico (Timbu Antifa), do CSA (Azulão Antifa), do Ferroviário (Ultras Resistência Coral, a mais velha entre as torcidas, criada em 2005), entre outras do nordeste. Há também a TAU Nordeste, a união das torcidas antifascistas da região.
Também na região nordeste, há o Movimento 3 de fevereiro e Democracia SCFC, do Santa Cruz; Vozão Antifa, do Ceará; Resistência Tricolor, do Fortaleza.
O Flamengo Antifascista e Flamengo da Gente representam o Rubro-Negro neste posicionamento.
No Glorioso, o Botafogo Antifascista defende a democracia, assim como o Bangu Antifascista, para o Bangu.
Também no Rio, o Vascomunistas e Esquerda Vascaína representam o Vasco na luta contra o fascismo, enquanto o Fluminense Antifascista representa o Tricolor das Laranjeiras.
No sul do país, o Coritiba tem a torcida Frente Popular Alviverde e Coxacomunas, contra o fascismo e a favor da democracia.
Já o Tricolor Gaúcho é representado por Grêmio Antifascista, Antifascistas do Grêmio, Coletivo Elis Vive e Tribuna 77.
A Inter Antifascista é a torcida do Internacional, e o Atlético-PR Antifascista do Furacão. Do Londrina, o Londrina Esporte Clube Antifascista é o representante.
Em Minas, Cruzeiro Antifa e RAP (Resistência Azul Popular), da Raposa, e Galo Ultras Antifa, do Atlético-MG, são contra o fascismo e a favor da democracia no país.
Gilmar Mendes diz que intervenção militar é ‘tese de lunático’.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes classificou como “irresponsável” a interpretação do Artigo 142 da Constituição Federal que legitima a possibilidade de intervenção das Forças Armadas para conter excessos do Judiciário. Ele também disse que a tese é “loucura” e “de lunático”.
As declarações do ministro foram dados ao jornal O Valor Econômico, nessa 4ª feira (3.jun.2020). Assista a íntegra (44min50s):
Na ocasião, Gilmar Mendes rebatia uma declaração do procurador-geral da República, Augusto Aras. O procurador-geral afirmou na 3ª feira (2.jun), ao programa Conversa com Bial, da Rede Globo, que caso 1 Poder invada a competência do outro, pode estar desejando uma possível intervenção:
“Quando o artigo 142 estabelece que as Forças Armadas devem garantir o funcionamento dos Poderes constituídos, essa garantia é no limite da garantia de cada Poder. Um poder que invade a competência de outro, em tese, não há de merecer a proteção que garante a Constituição.”
No mesmo dia, Aras emitiu uma nota rechaçando a possibilidade de 1 golpe militar e afirmando que a Constituição brasileira “não admite” tal ato.
A possibilidade de usar o artigo 142 para legitimar uma intervenção militar foi levantada há 30 anos pelo advogado constitucionalista e professor de Direito Ives Gandra Martins. Segundo ele, o artigo 142 da Constituição permite que as Forças Armadas sejam usadas como Poder Moderador caso algum dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) considere que tem sua competência invadida por outro.
Em entrevista ao Pode360, Gandra comparou o artigo 142 a armamentos nucleares, que são incorporados ao arsenal de 1 país para não serem usados –apenas como forma de dissuasão.
Gandra acrescentou que não é o presidente da República, chefe supremo das Forças Armadas, quem decide pela possível intervenção. “São os comandantes militares”, explicou.
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