Relator da CPI do Genocídio, Renan Calheiros chama Copa América de “campeonato da morte”: “Escárnio”
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI do Genocídio, protestou nesta segunda-feira (31) contra o anúncio de que o Brasil irá sediar a Copa América da Conmebol em meio à segunda onda da pandemia que já matou mais de 460 mil brasileiros. As negociações da entidade foram realizadas com o governo do presidente Jair Bolsonaro após a Argentina decidir não sediar a competição por conta do avanço da Covid.
“Com mais de 462 mil mortes sediar a Copa América é um campeonato da morte. Sindicato de negacionistas: governo, Conmebol e CBF. As ofertas de vacinas mofaram em gavetas mas o ok para o torneio foi ágil. Escárnio”, reagiu Calheiros em seu perfil no Twitter.
A realização da Copa América no Brasil foi acertada pela manhã em reunião entre representantes da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro, general Luiz Eduardo Ramos.
Após o cancelamento do campeonato na Colômbia, em razão dos protestos políticos no país, e na Argentina, devido à restrições sanitárias, Bolsonaro pediu prioridade ao ministro para trazer o campeonato ao Brasil, com a anuência de Paulo Guedes, da Economia.
No comentário, Calheiros destaca a negligência do governo na compra de vacinas, uma das investigações centrais da CPI. Caso o governo tivesse agido com mais velocidade, o país teria recebido, pelo menos, 64 milhões de doses além das que já chegaram ao país. Pelas contas do ex-ministro Arthur Chioro, mais de 250 mil vidas perdidas poderiam ter sido preservadas apenas com a vacina CoronaVac.
Omar Aziz diz que recuo na nomeação de médica Luana Araújo prova interferência de Bolsonaro.
A tendência é que ela fale na CPI na segunda quinzena de junho
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), acredita que o recuo do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na nomeação da médica Luana Araújo para comandar a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, é mais uma prova da interferência de Jair Bolsonaro nos rumos da pasta.
“Ela foi convidada e depois não foi nomeada. Isso mostra a interferência direta do Bolsonaro em relação à nomeação e desmente a [tese da] autonomia”, afirmou Aziz.
Para o senador, o depoimento de Luana Araújo deve acontecer antes da nova oitiva envolvendo o ex-ministro da Saúde. A tendência é que ela fale na CPI na segunda quinzena de junho.
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