Randolfe entra com requerimento para prorrogar CPI do Genocídio.
Entre as justificativas estão as novas denúncias na compra da Covaxin, que foram bater às portas do Palacio da Alvorada
O senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI do Genocídio, apresentou requerimento para prorrogação da CPI por mais 90 dias para aprofundar investigações. A CPI teve a sua primeira reunião no dia 27 de abril. O prazo inicial de sua duração era de 90 dias, mas o regimento do Senado permite ampliar o funcionamento da comissão por até 1 ano.
O documento já foi protocolado e deverá ser votado nesta terça-feira (29). Para aprovar a prorrogação serão necessárias as assinaturas de 27 senadores, o que corresponde a um terço do Senado.
Na justificativa para a prorrogação, o requerimento informa que “a CPI tem desvendado esquemas de corrupção e de favorecimento de determinadas empresas com recursos destinados ao combate à pandemia da Covid-19. Servidores sofreram pressões não republicanas para flexibilizar a importação da Covaxin. Depoentes apontaram que até o Presidente da República foi alertado das irregularidades e, ao invés de apurá-las, as creditou ao próprio líder do Governo da Câmara dos Deputados. É um escândalo que precisa ser apurado com a gravidade correspondente”.
Ricardo Barros
O líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), entrou na última sexta-feira (25), na mira da CPI do Genocídio, e as revelações que se fizeram sobre ele comprometem também, diretamente, o próprio presidente Jair Bolsonaro.
O deputado Luís Miranda (DEM-DF) afirmou ao colegiado que, quando levou a Jair Bolsonaro, em março, os indícios de corrupção da compra da vacina indiana Covaxin, o presidente afirmou que seria “coisa” do líder do governo na Câmara: Ricardo Barros. Bolsonaro, no entanto, nada fez com relação às denúncias de irregularidades.
Aproximação com Ricardo Barros, Jair e Flávio Bolsonaro inflou negócios da Precisa.
Empresa intermediária da Covaxin cresceu 6.000% com chegada do novo governo.
A Precisa Medicamentos, empresa responsável por intermediar a compra da vacina Covaxin pelo ministério da Saúde, teve um salto em seus negócios no governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).
Antes dele, a firma havia assinado apenas um contrato de R$ 27,4 milhões para fornecer preservativos femininos ao Ministério da Saúde. Desde a posse de Bolsonaro, a Precisa fechou ou intermediou acordos que somam R$ 1,67 bilhão. Um crescimento aproximado de 6.000%.
Além disso, o empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa, também ganhou acesso a ministérios, ao BNDES e à embaixada do Brasil na Índia.
O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) foi o responsável por abrir as portas do BNDES ao empresário. Após a revista Veja revelar que o Zero Um intermediou uma reunião de Max, como é conhecido em Brasília, com o presidente do banco público, Gustavo Montezano, o senador admitiu ter “amigos em comum” com o dono da Precisa.
Na época da venda dos preservativos femininos, o presidente era Michel Temer e o ministro da Saúde o atual líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR). Nos anos seguintes, com Bolsonaro e Barros, a empresa ampliou o negócio e assinou novos contratos, que somam R$ 1,67 bilhão.
O deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou à CPI do Genocídio no Senado que Bolsonaro atribuiu a Barros “os rolos” envolvendo a compra da vacina Covaxin. O líder do governo admitiu ontem ter sido citado pelo presidente, mas atribuiu a menção ao outro contrato suspeito envolvendo sua gestão no ministério.
Exclusivo: CanSino rompe com empresa de amigo de Ricardo Barros em compra de 5,2 bilhões em vacina.
A empresa mandou neste domingo após denuncia do blogue comunicado à Anvisa.
O laboratório chinês CanSino enviou um comunicado neste domingo (27) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmando que a Belcher Farmacêutica do Brasil Ltda., que pertence a um amigo do líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), não representa mais a empresa no Brasil. Além da Belcher, a Cansino rompeu o contrato com o Instituto Vital Brasil S.A. O rompimento se dá após denúncia publicada ontem (domingo, 27) por este blogue que revelava com base em postagem de Hugo Barros no Facebook que a empresa Belcher era de um amigo do líder do governo Ricardo Barros e que faria um negócio de 5,2 bilhões de reais com o ministério da Saúde.
“Neste fim de semana, a Anvisa recebeu nova mensagem eletrônica da CanSino, confirmando que a Belcher não mais representa a vacina no Brasil. A Agência juntou essas informações no processo de Autorização de Uso Emergencial que ainda estava em análise e tomará as medidas pertinentes”, diz nota no site da Anvisa.
Desenvolvedora da vacina Convidecia, o CanSino comunicou inicialmente o rompimento do contrato com a Belcher no dia 17 de junho. A empresa brasileira dos amigos de Ricardo Barros respondeu no dia 21 pedindo prazo para manifestação junto à Anvisa.
A negociação não estava encerrada como tenta mostrar a Anvisa após a manifestação de ontem da CanSino. No dia 23 de junho, uma nova empresa era criada em Maringá com o objetivo de substituir a Belcher Farmacêutica do Brasil. O blogue apurou que com o CNPJ 42.448.825/0001-13 e Razão Social Belcher & NHG Farma e SPE Ltda a empresa tinha como objeto principal o “comércio atacadista de medicamentos e drogas de uso humano”.
Estaria reservado a Belcher & NHG cumprir o papel reservado à Belcher Brasil de intermediar a negociação de 5,2 bilhões para a compra da CanSino. Os sócios da nova empresa são: Emanuel Ramalho Catori, administrador; Nathan Marcelo Moreira, administrado; NHG Fitofarmacos & Nutraceuticos, sócio; Belcher Farmacêutica do Brasil, sócio.
Camarote da vacina e turma do Hang
Catori foi um dos empresários que liderou um movimento para que empresas privadas conseguissem permissão para comprar e distribuir imunizantes, criando o “camarote das vacinas”. O movimento contou com a adesão dos empresários bolsonaristas Luciano Hang, das lojas Havan, e Carlos Wizard.
Em março deste ano, Catori esteve em Brasília para uma conversa com o governo federal acerca deste tema.
A Belcher pertence a Emanuel Ramalho Catori e também a Daniel Moleirinho Feio Ribeiro, filho de Francisco Feio Ribeiro Filho, ligado a Ricardo Barros.
Chiquinho Ribeiro, como é conhecido em Maringá, foi presidente da Urbamar na gestão de Barros como prefeito de 1989 a 1992, e conselheiro da Sanepar no curto governo de Cida Borghetti, esposa de Barros.
Pelo amor de Deus! Não é possível que não tirem o 'Coiso" o quanto antes. Pra mim é cada dia mais insuportável escutar a voz daquele projeto não acabado de ser humano. Dizer que é apenas um péssimo presidente é pouco para descrevê-lo: incompetente, omisso, negligente, populista, psicopata, picareta, negacionista científico, pseudorreligioso, nepotista, projeto de ditador, vendido ao Centrão e agora corrupto com todas as letras...
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